Cansado da obviedade da ostentação, consumidor fortalece tendência do “consumo discreto”
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Sem ingenuidade aqui. A ostentação não deixou e nem deixará de existir. Mas para muitos, a estética associada a ela está saturada. Em resposta, uma corrente de consumo tem se fortalecido. O chamado Consumo Discreto prevê sutileza na forma como a riqueza é mostrada ao mundo e nasce de mãos dadas ao consumo consciente — na maioria dos casos, não por responsabilidade social desse consumidor, mas porque pega mal ir na direção oposta (é o “green guilt” ou “eco guilt”, que fala da sensação de culpa por não estar agindo de maneira ambientalmente responsável, ao, por exemplo, escolher produtos que não são sustentáveis).
Nessa corrente, as escolhas priorizam durabilidade e atemporalidade, em contraposição a modismos passageiros. Por consequência, são decisões inclinadas ao que oferece qualidade e funcionalidade.
O movimento ganha força especialmente entre os millennials e geração Z que, em partes, estão mais propensos a gastar dinheiro em experiências e bem-estar do que em bens materiais. A preferência por produtos e marcas mais discretos pode ser vista como uma forma de se diferenciar da estética óbvia da ostentação e afirmar uma identidade pessoal que valorize a simplicidade e a sofisticação, sem precisar escancarar isso em narrativas visuais plastificadas.
Marcas aproveitam o movimento
Marcas grandes já estão se adaptando à tendência, oferecendo produtos e serviços que atendem às demandas do consumidor discreto.
(continua na próxima sessão)
A tendência do Consumo Discreto nasceu como resultado de outro movimento interessante de observar, principalmente pelo viés da psicologia do consumo: o green guilt ou eco guilt.